As crianças com mielomeningocele e outras más-formações congênitas desde o nascimento são submetidas à vários exames e cirurgias, sendo expostas ao látex com maior frequência. Quando o sistema imunológico está em desenvolvimento e ainda imaturo, têm maior chance de desenvolver alergia ao látex. Assim, quanto maior a exposição ao látex, maior a possibilidade de desenvolver alergia.
A alergia, na maioria dos casos, é leve e se manifesta por sintomas como urticária, rinite, conjuntivite. Podem desenvolver sintomas mais genéricos, como náuseas, vômitos e diarréia. Em casos raros, pode ocorrer choque anafilático, problema muito grave.
Alguns alimentos podem provocar alergia cruzada: banana, abacate, marisco, kiwi, peixe, tomate, etc. Isto pode ocorrer devido à similaridade de algumas proteínas destes alimentos com as proteínas do látex.
Existem exames que permitem diagnosticar a alergia ao látex. Se a criança apresenta sinais de alergia quando entra em contacto, por exemplo, com balões de festa, ela provavelmente é alérgica.
Em nosso meio, cerca de 30% de nossos pacientes com mielomeningocele desenvolveram alergia ao látex. Mas crianças que necessitam de exames e cirurgias frequentes também são consideradas grupos de risco.
Caso a criança apresente algum sintoma sugestivo desta alergia, o médico deverá ser comunicado. Isto é muito importante, principalmente se necessitar de exames frequentes ou de tratamento cirúrgico. Existem maneiras de tornar o ambiente hospitalar mais seguro, assim como em sua casa.
Não existe tratamento específico para a alergia ao látex. A única medida eficaz é evitar o contacto com os produtos que contém o látex em sua composição.